Tudo começou, em 2013, de modo despretensioso, movidas pela curiosidade e amizade a Martin Curi, um alemão radicado no Brasil que assim como eu, pesquisa futebol e é integrante do NEPESS - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Esporte e Sociedade - vinculado a Universidade Federal Fluminense.
Certo dia resolvi chamar essas visitações de Caravana de Boleiros. E assim nasceu também a ideia de fazer um blog para registrar parte das experiências e observações colhidas no trajeto para os jogos e, sobretudo, dentro dos estádios.
Essas visitações são narradas neste blog que busca conjugar pretensões etnográficas, com a tentativa de mostrar, e ajudar a preservar, a história de clubes e estádios que por motivos diversos foram sendo esquecidos com o tempo.
A Caravana, portanto, dará privilégio a jogos pouco acompanhados pela televisão e imprensa em geral, já que disputados por equipes que não costumam atrair os holofotes midiáticos.
E essas equipes, embora pouco mencionadas, são parte componente daquilo que chamamos de "país do futebol".
A Caravana de Boleiros é um projeto capitaneado por mim, uma mulher que ama demais futebol.
Sim, sou uma mulher que ama demais futebol. E sei que nem todas as pessoas que me cercam entendem bem esse sentimento, mas a maioria já se acostumou.
Já faz tempo que desistiram de me convencer que existe algo melhor e pior no mundo do que futebol.
Sou torcedora que acompanha sofridamente o time de coração, que perde a razão em alguns jogos e que, muitas vezes, já jurou para si mesma que nunca mais acompanharia uma partida de futebol.
São juras sempre quebradas, porque às vezes acho que ser torcedora é o que há de melhor em mim.
Daí, meu imenso respeito pelo ato de torcer.
Mas, aqui na Caravana, falará mais alto a minha versão pesquisadora de futebol que tenta fazer desse esporte, inspiração para pensar sobre o mundo ao seu redor.
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ResponderExcluirMuito interessante seus pontos de vistas sobre o futebol, e as observações por você narradas. Faz bem à alma saber que existem pessoas que gostam muito do que fazem, e ainda tentam mudar a vida de alguém através do esporte.
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