quinta-feira, 28 de março de 2013

DUQUE DE CAXIAS X SÃO JOSÉ - A MULHERADA EM CAMPO



INDO 

Sábado foi um dia de chuva. Confesso que em dias de chuva, sinto uma enorme vontade de ficar curtindo o aconchego do lar. 

Mas também adoro assistir a jogos de futebol em dias de chuva. Não sei por que, sinto um misto de melancolia e alegria. E eu gosto dessa mistura, porque ela traduz um pouco nossas vidas.
Após esses minutos de sabedoria..... vamos ao que interessa.

Esta Caravana contou com a presença de Martin, Carol e ao final como veremos, tivemos uma visita muito especial.

O jogo era cedo: 15h. O mais cedo dos jogos até agora. 

Isso exigiria que tanto eu quanto Carol acordássemos cedo. Cedo tipo 9 da manhã!

Quase madrugada para mim.

Pus o celular para despertar às 8h40, assim teria vinte minutos para reunir forças e levantar da cama.
Depois de acordada (o que somente ocorre após meia hora sentada no sofá olhando para o nada) precisava resolver problemas domésticos diversos.

O tempo voou.

E quando vimos já era 12h30.

Tempo suficiente para Carol se deliciar com um pastel:

O pastel e seus molhos

Nutrida de pastel regado a molhos de pimenta - misturada sabe-se lá com o que -, Carol pegou o volante e seguimos para buscar o alemão, Martin.

Com Martin a bordo seguimos para Xerém.

Um pouco de história: futebol feminino

O futebol não é para todos e muito menos para todas. 

Embora muitas vezes sejamos levados a pensar que o futebol é um universo muito democrático e formado somente por celebridades e atletas famosos e ricos, a realidade é bem diferente daquilo que imaginamos 

De fato o que vimos na TV é um pedacinho do mundão que é o futebol. Um pedacinho seleto. 

No Brasil são cerca de 30 mil jogadores registrados e mais de 80% recebe em média 2 salários mínimos por mês.

Os obstáculos do futebol são bem mostrados n filme Linha de Passe de Walter Salle e toda luta do personagem Dario para conseguir uma chance de jogar futebol.

Mas há uma parcela em que as dificuldades parecem ainda maiores: as mulheres que jogam futebol ou que tentam jogar.

O futebol feminino no Brasil enfrenta muitos problemas. São poucos os clubes que mantem equipes e poucos são os campeonatos profissionais realizados no Brasil.

O time do Santos em 2009 teve Marta como atração principal, mas a equipe feminina do Santos foi desmontada.  

Essas dificuldades são históricas. No Brasil, a década de 1940 viu um boom do futebol feminino. Houve formação de times, assim como a realização de alguns torneios dessa modalidade começavam a chamar a atenção da imprensa, sendo constantemente divulgados.


A edição do Jornal do Sports - o principal periódico esportivo do Rio, na época - do dia 11/06/1940, publicou a seguinte notícia: “Defrontam-se esta noite as equipes feminina do A. C Independente e Vila Valqueire, no gramado da rua Silva Xavier”. A grande maioria desses noticiários fazia referência a partidas, disputadas entre times de bairro, sobretudo os do subúrbio do Rio de Janeiro.


Mas o surgimento de times femininos incomodou médicos e jornalistas temerosos com os possíveis riscos que as mulheres corriam. Quais riscos? Problemas de saúde devido a fragilidade do corpo feminino.

Entretanto, o que estava em jogo era o risco de que a prática de determinados esportes – entre os quais, o futebol – necessariamente provocasse alterações no corpo feminino, desviando-o dos padrões vigentes na época e, além disso, desviasse as mulheres dos papéis de mãe e esposa, que socialmente lhes eram atribuídos.


Em 1941, o futebol feminino foi proibido. O Decreto-Lei 3.199, que estabelecia as bases da organização desportiva no Brasil, proibiu a prática do futebol feminino, alegando que: “as mulheres não se permitirá a prática dos desportos incompatíveis com as condições de sua natureza” 

Somente na década de 1980 é que a CBD (agora CBF) legitimou o futebol feminino. Nessa época o Radar e o Guarany foram equipes fortes e importantes.

Na década de 1990, tivemos um boom dessa modalidade esportiva. É nessa época que surge Marta:



Marta chegou a atuar pelo Vasco. Bem que ela podia voltar e jogar pelo brasileirão
 O time mais badalado na época pertencia ao Fluminense Futebol Clube, do Rio de Janeiro, que contava, em seu elenco, com modelos famosas no Brasil, como Suzana Werner.

Esse time de beldades não ganhou títulos, mas, em 1997, disputou um jogo historicamente importante: o primeiro clássico do futebol feminino jogado no campo do Maracanã, o maior palco do futebol brasileiro. O adversário foi o forte time do Vasco da Gama que tinha no elenco jogadoras que se destacavam na seleção feminina, como Pretinha e a goleira Meg. O Fluminense perdeu de 4 X 1.


Às vezes a beleza não basta principalmente em esportes competitivos em que a excelência atlética fala mais alto. 

Mas talento precisa de investimento e treinamento.

Particularmente considero uma incrível façanha o bom desempenho da seleção feminina de futebol em algumas importantes disputas esportivas de nível mundial: duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008, assim como seu vice-campeonato do Mundial Feminino de 2007. 

Esses segundo lugares foram imensamente lamentados pelas jogadoras que entendiam que um título de relevância internacional poderia modificar a estrutura do futebol feminino no Brasil. 

Mas até mesmo um país como o Brasil, em que ser vice é quase um crime (eu quem o diga...), é de se reconhecer que a seleção feminina conseguiu realizar quase que milagres. Embora tenhamos a jogadora Marta, cinco vezes eleita a melhor do mundo, a estruturação do futebol feminino oferece pouquíssimas oportunidades.

Esse aspecto, entre outros, se evidenciou pelo menos para mim, na visita que a Caravana fez a Xerém para assistir a partida entre Duque de Caxias e São José, válida pelas quartas-de-final da Copa do Brasil de futebol feminino.


CHEGANDO
Foi rápida nossa chegada a Xerém.
O estádio fica em lugar central de Xerém e não foi nada difícil encontrá-lo.


Lembrei os arcos do Engenhão...

Martin como de costume estava faminto e fomos à busca de um lugar para o alemão comer algo antes do jogo


Com estômago mais calmo fomos para o jogo

O ESTÁDIO E O CLUBE
O Duque de Caxias Futebol Clube é novíssimo, sendo fundado em 2007. Nesse pouco tempo conseguiu acesso a série B do brasileiro, nele permanecendo por cerca de 3 anos.

 Atualmente o Duque está na Série C.
Alguns jogos do time masculino ostentam impressionantes números relativos a presença de público ou melhor dizendo, relativos à ausência de público. 
Em 2010, com suas partidas sendo realizadas em Volta Redonda foram 98 pagantes em 3 jogos:
54 contra o Náutico,
30 contra o Paraná e
14 contra o América-RN.
Nessa época o Duque foi proibido de jogar no Marrentão devido ao fato de o estádio não atender determinadas exigências da CBF. 
Hoje o Marrentão, ou estádio Romário de Souza Faria, após algumas reformas, está liberado receber os jogos da série C. 

E é nele que ocorrem os jogos do time feminino.
O time feminino do Duque de Caxias é fruto de uma parceria do clube com o time do CEPE-Duque de Caxias, criado em 1999.
Em 2010 o CEPE Duque de Caxias foi campeão da Copa do Brasil de futebol feminino ganhando o direito de disputar a Libertadores de 2011, disputa vencida São José, seu adversário.
Sábado as meninas estavam em campo buscando passagem para as semifinais da Copa do Brasil. 
Mas o adversário não era nada fácil. O São José (de São José dos Campos) tem uma forte estrutura de futebol feminino. 

Como já foi dito e não custa repetir, em 2011, o São José foi campeão da Libertadores e em 2012, teve duas jogadoras - Formiga e Francielle – convocadas para a seleção brasileira. 
Essa disparidade ficou visível em campo.
Campo ruim, alias, cheio de buracos, mal tratado, mal cuidado e para piorar sofreu com a chuva que caiu durante o jogo.
O estádio com capacidade para sete mil pessoas recebeu 108 pessoas.

Eu até podia ter contado nos dedos, mas preferi ir ao site da CBF. 

Sobrava espaço....


O Marrentão é nosso....




O estádio Romário de Souza Farias - ou Marrentão - foi inaugurado em 2007. Mas para antigo....


O estádio ainda precisa de muitas melhorias (...). Na verdade o estádio precisa ser concretizado. 

Precisa de banheiros decentes porque não foi necessária coragem e necessidade para ir ao toalete

Essa estrutura chama a atenção do lado de fora, mas do lado de dentro são meio estranhas

Nesse estádio também não encontrei as cadeiras do maracanã, as arquibancadas estavam no cimento, o que não considero um problema








 O que compensa é a paisagem que cerca o estádio, paisagem que em dias de chuva assusta, mas que mesmo assim não perde a beleza.



O jogo
O jogo estava marcado para começar às 15h, porém a bola rolou somente às 15h34min. Esse atraso se deveu à falta de uma ambulância no estádio.
É de se perguntar por que a ambulância não estava pronta às 15h, já que se trata de um jogo previsto em tabela da competição.
Não é a primeira vez que episódios desse tipo acontecem em jogos do time feminino do Duque de Caxias. Martin já esteve em outro jogo em que também houve atraso por causa da falta de ambulância.
Enquanto esperávamos a ambulância, a chuva veio. Fomos em busca de um teto:

Martin está sem graça, Carol está sem graça.... todos estão sem graça


Quando a ambulância chegou, as meninas festejaram e a torcida também. Houve um quê de pitoresco nessa cena. Por outro lado, essa ausência é indicativo de um desleixo com a partida e com torcida presente no estádio:



Primeiro chegou uma, depois chegaram duas












O JOGO

Com a bola rolando, ficou evidente a superioridade do time do São José que terminou o primeiro tempo com 1 gol de vantagem.

A chuva foi nossa parceira e começou a cair forte no intervalo do jogo.

Novamente, a multidão se aglomerou em um cantinho:



Mas houve quem encontrasse outras soluções:

 


Acho que era para ser um local destinado à imprensa....

Como o estádio estava vazio, não houve problemas para uso de guarda-chuva e nem de guarda-sol:

No segundo tempo, as meninas do Duque voltaram mais dispostas. Mesmo assim o time levou um gol após uma incrível falha da goleira.
Parecia tudo perdido. Mesmo assim incentivos não faltaram. A arquibancada, em sua maioria formada por amigos e parentes das jogadoras, incentivava o tempo todo.
Eram poucas pessoas, mas todas muito envolvidas com a partida.

Muita gente pode pensar: ora isso não é torcida, são apenas familiares ou gente próxima às jogadoras.
De fato gostaria muito que uma partida feminina – assim como diversas outras – reunisse um público mais amplo.

Por outro lado, fiquei pensando que as pessoas que estavam ao meu redor, talvez vivessem o futebol mais intensamente do que eu mesma e do que muitos outros que se dizem autênticos torcedores.
Há várias formas de se torcer e no final das contas tudo que queremos é  ver a bola na rede.

E nós vimos. O Duque chegou a empatar, algo que pareceria impossível.

Comemoramos muito.
Porém pouco tempo depois veio o terceiro gol do São José.



Bons tempos... Na camisa está escrito: "O sonho se tornou realidade. Campeão da Copa do Brasil 2010. Futebol feminino"

Esse ano acho que não vai dar...

Fim de jogo,

Nada de vaias....

Aplausos, abraços e carinho.


Ela entrou nas arquibancadas...

Ter na torcida amigos tem essa vantagem: ombros e mãos para consolar.

Depois do jogo
Ainda com chuva seguimos de volta para o Rio.

Famintos novamente, seguimos estrada adiante.

Nossa parada foi escolhida por Martin e Carol, sendo que o critério de escolha foi viabilizar a presença ilustre de Ivana.

 Ivana é a esposa do alemão Martin, e pela primeira vez participou da Caravana, mesmo que apenas curtindo a nossa social.

Ivana!!!!!!

Além de Ivana tivemos a companhia de Henrik!, o sueco massa:


Falamos de futebol, claro. Falamos da vida alheia, claro.

Trocamos ideias, reclamamos do mundo, falamos mal dos outros....

E enquanto fazíamos tudo isso, comíamos muito.



Satisfeitas com a fofoca e com a comida eu e Carol voltamos para casa.
Semana que vem tem mais



segunda-feira, 18 de março de 2013

Bangu x Duque de Caxias


Em 1904 nasceu o Bangu, ou melhor, The Bangu Athletic Club, fundado por ingleses donos da Fábrica de Tecidos Bangu. 

Paralelo ao terreno dessa fábrica foi construído o campo onde o time do Bangu jogou até o final da década de 1940. 

A fábrica encerrou suas funções em 2004 e em 2007 seu prédio passou a abrigar um simpático shopping. 

Foi nesse shopping repleto de memória que demos início a Caravana

foto com funcionários da fábrica








Campo da Rua Ferrer
Fonte: http://www.bangu-ac.com.br/historia.htm


Estádio da Rua Ferrer, suas arquibancadas chegaram a pegar fogo em 1936, sendo reconstruídas em 1937
Fonte: http://www.bangu.net/multimidia/fotos/estadio/02.htm


 O campo da Rua Ferrer foi vendido e o Bangu, em 1947, inaugura o Estádio de Moça Bonita:

Como já disse certa vez adoro estádios e clubes que têm história para contar. E isso não falta ao Bangu. 

O Bangu teve a sorte de ter parte de sua história contada por Mário Filho. No maravilhoso livro, O negro no futebol brasileiro, Mário dá atenção ao Bangu e seu pioneirismo em ter um jogador mulato em seu quadro. Antes do Vasco, o Bangu já tinha um jogador mulato. Esse jogador era Francisco Carregal, um tecelão da fábrica, que aparece no centro da foto abaixo mostrada:

Carregal ao centro da foto segurando uma bola com as iniciais BAC e com a data impressa (primeiro o ano, depois o mês, seguidos do dia)

Sobre Carregal, disse Mário Filho:

No Domingo dava seus pontapés na bola, corria em campo molhando a camisa, na segunda-feira cedinho, quando o portão da fábrica se abria, lá estava ele. Ia para os teares como os outros operários, trabalhava, trabalhava, só parava na hora do almoço para voltar, depois, até às quatro horas. Nem tinha tempo de lembrar do jogo da véspera (Mário Filho, O negro no futebol brasileiro. Pongeti, 1947)


Um dos grandes nomes da história do Bangu foi ninguém menos que Domingos da Guia, tão importante que é mencionado no hino do clube: 
Trecho do hino: O Bangu tem também a sua história a sua glória,
enchendo seus fãs de alegria. De lá, pra cá, surgiu Domingos da Guia (....)
Fonte: http://omundodofutebolporbrunolopes.blogspot.com.br/2011/04/o-mestre-da-zaga-domingos-da-guia.html

A década de 1960 foi uma época gloriosa, nela o Bangu foi campeão do torneio de Nova York, vitória interpretada como a conquista de um campeonato mundial:

Desse torneio participaram times como o Sampdoria e o BAYERN DE MUNIQUE (time do nosso fofo Martin) Fonte: http://www.bangu.net/futebol/titulos/1960.php



Matéria publicada no Lance! Fonte:http://teoricosdofutebol.blogspot.com.br/2010_08_01_archive.html
 E ainda tem um vídeo do jogo final:



A década de 1980 também foi importante para o Bangu que chegou à final do Brasileiro, perdendo a taça para o Curitiba. Nessa época é marcante a presença de Castor de Andrade, tão marcante que a figura do castor chegou a constar na camisa do time.

Hoje em dia as referências a Castor de Andrade são várias especialmente entre os torcedores. Mas isso veremos mais tarde.

O Bangu assim como outros clubes sofre com a ausência de verbas e sofre as consequências de um futebol espetacularizado feito para poucos. Podemos dizer sim que o time do Bangu é um patrimônio, não apenas do Rio, mas do futebol brasileiro. 

Um time fundado em 1904! merece toda nossa atenção.

CHEGANDO
  
Como disse, a Caravana começou seu percurso pelo Shopping, antiga fábrica de Tecidos. De lá fomos andando até Moça Bonita.

Foram uns 10 minutos de andança até chegarmos:




Esse porte atrapalhou um pouco ...


 Em frente ao estádio há uma praça onde torcedores se reunem e onde um jogo estava sendo realizado. Jogo valendo taça:


A taça

TORCEDORES

Não é a primeira vez que assisto a um jogo em Bangu, já havia estado lá para ver Vasco X Bangu.

Sábado pela primeira vez fui a Moça Bonita com oportunidade de ficar ao lado da torcida do Bangu, podendo observá-la e ouvi-la com mais atenção.


Antes de entrar no estádio fomos fotografar uma reunião de torcedores que fazia um churrasco na praça em frente ao estádio. Ali se reunia os integrantes da BANGORÓ. Captaneados por seu Nilson todos faziam uma social antes do início do jogo:


Uma simpatia...
 Seu Nilson nos disse que mesmo sem jogo, o pessoal da Bangoró (na minha opinião o nome mais criativo de torcida) costuma se reunir porque segundo ele a Bangoró é mais que uma torcida, é uma família

Um dos integrantes dessa família é Arilson que teve sua casa invadida. Os ladrões levaram diversos bens seus e o maior deles: a camisa do Bangu comemorativa dos 100 anos do clube, além de camisa da Bangoró



O apelo de Arilson

A foto está escura, mas é ele mesmo. Aqui reforço o apelo: devolvam as camisas de Arilson!









Mas a torcida do Bangu é democrática e até as crianças têm vez. Se temos a Bangoró temos a Banguaraná!!!


Martin fez pano de fundo em muitas fotos.....

A atmosfera da torcida do Bangu, pelo menos onde fiquei, é de torcedores que de fato conhecem o time e sua história:

Um dos casais 20 do Bangu

 Havia também a presença das chamadas torcidas de alento com seus trapos e barras



Outras faixas e torcidas tabém estavam presentes:


Nessa mesma arquibancada uma faixa chamava atenção:


O estádio do Bangu precisa de fato de algumas reformas - que não o tornem arena!. O gramado está em boas condições, isso é algo raro hoje em dia. 

Os refletores funcionam, mas sua luz é fraca, o que inviabiliza jogos à noite. Refletores são fundamentais..... somente assim não se fica refém de horários como 15h30 ou 16h e pode-se desfrutar de jogos noturnos, que possibilitam públicos maiores que irão sem medo de ficar em baixo de sol escaldante





O JOGO

O jogo foi transmitido pela rádio. Graças a Deus! 

Uma das rádios que transmitiu foi a Rádio Bangu cujo radialista, Barbosa, posou simpaticamente para minha câmera:


 
O primeiro tempo do jogo foi calmo e de poucas oportunidades para ambos os times. Mesmo assim a primeira etapa terminou 1 x 1

Torcida quando fica muito perto do gramado se sente dona de todo conhecimento técnico do jogo. E o treinador da equipe tem que ter paciência:


E o juiz também.....

 
No segundo tempo o jogo melhorou muito, especialmente para o Duque de Caxias. Temendo um gol, vários torcedores do Bangu gritavam para o técnico: "vai esperar levar um gol pra trocar o time, né?!"

A torcida estava certa.

Somente após o segundo gol do Duque é que algumas alterações foram feitas no Bangu, incluisive a mais esperada de todas: a entrada do jogador Willen que tinha torcida especial nas arquibancadas:

Willen é jogador que tem contrato com o Vasco e está emprestado ao Bangu. Willien já jogou pela seleção brasielria Sub-17, sendo companheiro de Neymar
 Muitas vezes os torcedores têm razão. Assim que entrou Willen marcou o gol do empate. 

Aí o jogo pegou fogo! Ficou emocionante. Emocionante mesmo.

Presencei o lance mais fantástico do campeonato carioca. Demorei tempos para entender o que tinha havido e somente consegui compreender por comleto graças a quem?

Meu radinho.....

Após ter tentado sair driblando seus adversários, o goleiro Getúlio Vargas perdeu a bola e deixou o gol vazio, vazio....

com a bola nos pés Lucas do Duque de Caxias chutou e da arquibancada já lamentava o gol tomado nos últimos minutos.

Mas ei que aparece do nada o jogador Celsinho que de cabeça impediu um gol certo.

Porém Celsinho não surgiu do nada como disse acima. Ele estava caído fora das quatro linhas. Mas de repente foi tomado por uma força estranha - como diria nosso rei Roberto Carlos - levantou-se e de cabeça não deixou a bola entrar.

Vejam o vídeo que conta melhor que eu essa história:




Notem que o jogador que chuta para o gol estava empedido, e o jogador do Bangu, fora de campo. 

 Ou seja, foi justíssimo a bola não ter entrado.

Celsinho foi expluso e o juiz marcou tiro livre indireto. TODOS OS JOGADORES DO BANGU FORAM PARA A FRENTE DO GOL 

uhhhhhhhh....


Depois desse lance, contamos os segundos e quando um jogador do Bangu  chutava a bola para longe, recebia gritos de olé!

Então o jogo acabou e embora o ideal fosse a vitória, os torcedores foram pra casa felizes e os jogadores do Bangu saíram aplaudidos.   

Martin e Carol discutiam o lance final do jogo.... eu preferi tirar fotos.



 Bairro de Bangu - charmosérrimo -  me aguarde, a Caravana retorna no final do mês para ver Juventus X Serra Macaense, no estádio do Céres