Tive o prazer de voltar a Olaria,
de voltar ao estádio Antônio Mourão Vieira Filho. Uma pena que não foi para ver o Olaria jogar.
Mesmo assim valeu. Foi um jogo divertidíssimo e um pós-jogo antológico.
Foi uma Caravana deliciosa, mas
também a Caravana que mais me exigiu, afinal naquele mesmo domingo, o Vasco
jogava uma partida importante contra o Duque de Caxias.
Não lembro a última vez que deixei de assistir a um jogo
importante do Vasco.
Foi uma interessante experiência tanto em nível individual
como enquanto pesquisadora
Portanto, houve um quê de melancolia que me acompanhou por Olaria. Para onde olhava, pensava no Vasco:
O clube e o Estádio
Dia quente, piscinas cheias, cheiro de churrasco e futebol.
Assim era o clima do Olaria no domingo passado.
Nessa segunda visita pude
observar e ir em busca de algumas curiosidades. Pude por exemplo, observar
melhor a sala de troféus do Olaria.
Me chamou bastante atenção troféus ganhos
durante os Jogos da Primavera. Essa competição foi organizada pelo Jornal dos
Sports, especificamente seu dono Mário Filho. Trata-se de uma competição que
durante alguns anos de algum modo contribui para uma maior visibilidade da
prática de esportes por mulheres. Aída dos Santos, 4º lugar no salto em altura
das Olimpíadas de Tóquio, participou de algumas edições dos Jogos da Primavera.
O Olaria também teve seus
representantes na competição que abarcava diversas modalidades. E o basquete,
que como já vimos é uma modalidade forte na história do clube, também se
destacou nos Jogos da Primavera:
Troféu de campeão de Basquete Feminino |
A conquista do Olaria, em 1958, noticiada pelo Jornal dos Sports (Fonte: http://esporterio.blogspot.com.br/2008/10/olaria-ac-campeo-dos-jogos-da-primavera.html) |
Gosto dessas marcas da história. Essas marcas são especiais,
tornam os clubes espaços de memória. E para uma pesquisadora esses objetos às
vezes podem parecer uma espécie de tesouro.
Diferentemente da primeira visita, para melhor conhecer o Estádio fui além das sociais.
Percorri diversas partes, inclusive a das arquibancadas destinadas à torcida do
Quissamã e que estava tomada pelo sol.
Pude notar com a ajuda de Carol um detalhe impressionante: o
estádio do Olaria é todo revestido de mármore. Se temos os vitrais das
Laranjeiras temos o mármore da Bariri:
Não sei exatamente qual seria a finalidade dessa estrutura inacabada, mas chama atenção o fato de ela ser completamente de mármore |
Revestimento de mármore |
Notem que esses bancos estão de costas para o gramado do estádio, mas de frente para o campo onde se jogam algumas peladas |
AS TORCIDAS
Foram 433 presentes no estádio. E a maioria das pessoas
estava na parte da torcida do Audax.
Eu esperava um público menor. Bem menor.
Na verdade saí de
casa achando que somente nós do Caravana estaríamos presentes no estádio. Mas
para minha surpresa, enfrentei fila para comprar ingresso, algo inédito nos
jogos vistos até aqui:
Essa fila provavelmente se justifica pelo fato de eu ter
chegado ao estádio quase que ao mesmo tempo que a torcida do Quissamã:
A torcida do Audax ficou nas sociais do Olaria. Lá ganhamos camisa, chaveiro e durante o intervalo tínhamos que ouvir o hino do clube tocar ininterruptamente:
Durante o intervalo, o mascote do Audax também aparecia e logo, logo era cercado de pessoas que queriam tirar foro ao seu lado:
Além do mascote o torcedor chamado Cachorrão marcou presença:
Do outro lado estava a torcida do Quissamã debaixo de um forte sol:
Todos deram um tempo no intervalo:
Os tambores ficaram, mas a torcida foi se refrescar:
No topo do estádio:
Lá embaixo está a Rua Bariri |
Olha o pessoal da janela..... |
Mas havia espaços com sombra onde a torcida do Quisssamã podia ficar:
Esses são corredores que separam os campos sintéticos de futebol e o gramado do jogo |
Fiquei nesse corredor até o fim do jogo.
Havia alguns parentes de jogadores, mas havia também gente
interessada em assistir ao jogo, como por exemplo, D. Dulce, uma simpática
senhora com a qual conversei grande parte do segundo tempo.
Enquanto assistia ao jogo, D. Dulce ligava ou recebia
ligações do seu filho, Vascaíno que preferiu ficar em Macaé para assistir à
partida entre Vasco e Duque de Caxias. Essas ligações eram feitas basicamente para
troca de informações sobre os jogos.
Apaixonada por futebol D. Dulce acompanha o Quissamã em suas
viagens, há pelo menos 4 anos. Entre seus oito irmão é a única que gosta de
futebol e não sem motivos acabou se casando com um ex-jogador.
Para quem não sabe – como eu não sabia – o Quissamã
é um clube antigo, sua fundação data de 1919!, mas somente em 2006 entrou para
o mundo do profissionalismo. Antes de se tornar profissional, o Quissamã atuava
em campeonatos da Liga Macaense de
Desportos, criada em 1942, e até existente até hoje.
O jogo
O melhor de todos até o momento, em compensação o que eu menos vi.
Mas um forte indício de que estou com a razão é fato de Carol ter ficado acordada, o jogo todo:
Os dois times queriam vencer, embora com recursos por vezes
limitados, ambas as equipes se arriscaram a perder, o que tornou o jogo
divertido e muito disputado.
Se as equipes tivessem um bom atacante, certamente o
resultado final não seria o 0x0.
Entretanto essa
opinião é bastante limitada – como quase todas as minhas opiniões em nível
técnico.
Passei grande parte do jogo rondando o estádio acompanhada do meu radinho:
Após o fim do jogo muitas pessoas foram para a frente da TV,
inclusive eu:
O pós-jogo
Inicialmente nossa ideia era comermos no Original do Braz.
Mas para nossa decepção o Original estava fechado. Seguimos viagem então:
AS belezas do subúrbio leopoldinense |
Decidimos ir a procura de um recanto que obedecesse o
espírito do Caravana e Martin teve a grande ideia de irmos ao Pavão Azul, um tradicional
pé sujo de Copacabana onde pudemos terminar o Caravana comendo deliciosas
comidinhas:
Assim nos despedimos.....
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